quarta-feira, 15 de julho de 2015

Indústria de Equipamentos médicos espera crescer em 2015

Os dados econômicos da Indústria de Equipamentos Médicos são positivos, mesmo diante do cenário de crise. Com crescimento de 5%, em 2013, e 9,1%, em 2014, o setor espera crescer entre 2% e 3,5% em 2015, de acordo com o superintendente da Abimo, Paulo Henrique Fraccaro. 

Em dezembro de 2014, nosso Blog havia publicado uma expectativa ainda mais otimista da Abimed. No final do ano passo, a instituição divulgou que esperava que o setor crescesse de 7% a 8% em 2015.

Mesmo com a queda na expectativa de crescimento, o aumento esperado tem previsão de R$8,57 bilhões de faturamento. Internacionalmente também se espera um incremento de 7% em produtividade e de maior geração de empregos, que só vem crescendo desde 2012. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas o setor de produção física de máquinas e equipamentos possuí um nível total de emprego de 62,8 mil pessoas.

Ainda que apresente números significativos, o Brasil ainda é um “nanico” no mercado da saúde internacional. O país não aparece no ranking dos 10 maiores importadores e exportadores de 2014, no qual os Estados Unidos figuram em primeiro lugar. Para melhorar sua fatia neste bolo, a estratégia da indústria brasileira é investir em soluções inovadoras e diferenciadas. A ideia é aproveitar o contexto econômico favorável para a exportação.

A Abimo prevê uma queda de 11% nas importações e um incremento de 2% nas exportações. Além disso, a valorização do dólar e a isenção de pagamento do PIS e Cofins representam também uma oportunidade para aumentar a competitividade com as indústrias estrangeiras. O mercado da América Latina é foco das empresas brasileiras, que apostam na logística e nas facilidades comerciais proporcionadas pelo MERCOSUL.

Esse otimismo não parece ser tão grande entre as empresas de pequeno e médio porte. Aquelas que se enquadram no "Simples", imposto simplificado, não se beneficiam de créditos como o IPI e o ICMS. O empréstimo para investimentos em inovação é de difícil acesso. O resultado é que muitos pequenos empresários precisam dispor de recursos próprios para certificar equipamentos e investir em inovação. 

Em Ribeirão Preto, a solução foi o associativismo. Empresas do setor fundaram o APL da Saúde, um arranjo produtivo local que tenta mitigar as condições de competitividade desigual. A Ong vem organizando compras coletivas e investindo em conexões em rede entre fornecedores, indústria e clientes. Mas, talvez o maior avanço e a grande lição deste grupo do interior do estado de São Paulo, seja a conscientização que o caminho para o sucesso é a cooperação como meio de ampliar a competitividade da indústria nacional.



Referências
APL da Saúde. Disponível em: https://www.facebook.com/apldasaude

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