quarta-feira, 28 de maio de 2014

Presença forte de empresas chinesas na Hospitalar 2014.

"A Hospitalar me pareceu um pouco mais fraca do que em anos anteriores. Observei menos visitantes de uma maneira geral e, principalmente, menos empresários oriundos da América Latina", diz Diretor geral da Martec Med, Izaque Martins Rosa. Outra observação feita pelo empresário foi percepção de um número maior de empresas chinesas expondo na Feira. "Percebi uma diminuição das indústrias nacionais expondo na Hospitalar 2014".
Essa visão vai ao encontro do vem acontecendo internacionalmente. A indústria de produtos para a saúde é um dos setores mais dinâmicos da economia. Estima-se que o faturamento para 2016 destas empresas no mundo será de U$ 487 bilhões, com um crescimento anual de 7%. Este setor emprega mais de 1 milhão de pessoas.
Nesse movimento, os países que tradicionalmente investem nesta área, como Estados Unidos da América, Japão e Alemanha, terão que disputar espaço com as economias emergentes como Brasil, China e Índia, que estão cotados como os fomentadores da próxima onda de crescimento deste setor do mercado.
Entre os produtos para a saúde, os materiais de consumo e os equipamentos para Diagnóstico e imagem abocanham as maiores fatias.
Baseado em The World medical markets fact book 2009, que provê estimativas baseadas em 67 países que correspondem por mais de 90% do faturamento total de dispositivos médicos. - Veja mais: http://brazilianhealthdevices.com.br/market#sthash.t6p2iNGL.dpuf
A presença das empresas chinesas na Hospitalar 2014 reflete uma tendência. No cálculo de importações de produtos para a saúde para o Brasil, a China assumiu o terceiro lugar, atrás somente dos E.U.A e da Alemanha. O maior volume de importação é na área de Odontologia, seguida de Laboratório, Radiologia, Equipamentos Médicos Hospitalares, Implantes e Materiais de Consumo.
Com um faturamento de  U$ 2.606 milhões, as indústrias desta área no Brasil precisam tornar-se rapidamente competitivas para se manter num mercado que vem sendo inundado por importados. Dentre os estados que tem sofrido com esta concorrência está São Paulo, que concentra 76,8% das indústrias de produtos para a saúde. Cerca de 70%  delas é composto por micro, pequenas e médias empresas, que apresentam mais dificuldade para contratar mão de obra qualificada, conseguir investimentos para o desenvolvimento de novas tecnologias e adequarem-se às rígidas normas nacionais e internacionais para o setor. Caberá ao governo brasileiro o fortalecimento deste setor, desenvolvendo políticas públicas para o desenvolvimento sólido da indústria da saúde.

Fonte: http://brazilianhealthdevices.com.br/market#sthash.t6p2iNGL.dpuf